quarta-feira, junho 15, 2005

sem titulo

Não sabia que ainda se escrevia por aqui e sentei-me com vontade de escrever. Ia dirigir-me à crise a medo, estando esta completamente esquecida no limbo do último post, no tormento da memória...

[Deixemo-nos de tretas, já me perco das palavras difíceis. Só elas validam alguma frase. É a falta da coerência, da obstinação, no fundo a falta do rumo.]

Como dizia, parei cá por acaso, supunha que estava aqui o silêncio reinante das páginas expiradas e afinal ainda escreves e gostei tanto de saber! Ando a sentir-me para escrever, talvez porque andes a escrever tanto e eu também queira, ora essa! Estou com inveja dessa pulsão e da fluidez e das ideias lúcidas, gosto tanto das ideias lúcidas e claras, aquilo que sempre nos ocorreu na bruma e de repente lemos de alguém com a clareza das frases das histórias simples. É um dom, esse da clareza, da lucidez e dos instantes capturados com magia. O da pseudo metafísica é que é uma valente treta e como sei disso, tenho evitado escrever. Evitadamente o faço, porque se for com brevidade e esporadicidade, não hei-de causar assim tanto mal ao mundo e ao menos, sempre me procuro em alguma coisa que digo.

Não sei onde me dirijo, parece evidente. Tenho que te dizer que enquanto lia os teus últimos posts, começou a tocar o Gaspar e também a mim a ria salpicou de longe, afinal funciona! E toca!

quarta-feira, junho 01, 2005

Támum Juntún

Mas que verdete é este colega? Nem com ameaças de violência física isto anda para a frente? Mas que marasmo que falta do que dizer esta que apareceu? Não me resigno nem me contenho, vou sempre escrever por aqui, mesmo sem audiência, mesmo sem o raio que o parta, hei-de introduzir melhorias, aos posts postados, numa ginga-ginga, quanto mais não seja, semanal.
Via há pouco duas sardaniscas em plena cópula debaixo dum sol quente que decidiu visitar-nos hoje por estas terras. É a naturalidade do que a mãe natureza lhes reservou e elas (es) não a contrariam, entregando-se no mais primitivo dos anseios: o da sobrevivência.
Correndo o risco de parecer uma adolescente que escreve (o que na realidade até sou!), quero escrever por sentir que isso é parte de como sobrevivo. Não num sentido de prolongamento da raça, mas sim para prolongar a minha própria sanidade mental, já de nascença algo defeituosa.
Viver da escrita não me parecerá possível, nem daqui por muitas luas, pelo que ao menos masturba-se um pouco o ego escrevendo para um público que se envolve no que escrevo e não na forma como o faço.

Vamos a isso e como dizem amigos da família: “’Támum Juntún!”