Até um Alvim escreve um livro. Escreve meia dúzia de palavras, mais ou menos apaixonadas, como diz a minha mãe "para inglês ver" e aí está uma mina de ouro para o moço. O truque não é escrever é saber como se vende, eu explico, ou pelo menos fico pela tentativa. É giro ser culto, é giro ler livros, é giro dizer que já se viu o filme e sobretudo é giro ter opinião. As pessoas gostam e nada melhor do que em conversa de café fazer a pergunta tão costumeira: Já leste o livro de fulano então nada melhor do que perguntar:"Já leste o livro do Alvim?" É que para além de se poder ler o livro há também a possibilidade de já se ter assistido a uma sessão de DJ do próprio para além de o brilharete ficar completo com a assiduidade com que se assiste ao seu programa de televisão. O livro vende.
Tem tudo para ser um êxito. Esquecia-me que também é muito fácil opinar sobre cartas de amor, basta dizer:"Profunda a dor e a forma como é encarada a desilusão de dar tanto sem nada receber, não acham? Ele sofre pela ausência do que anteriormente tanto o preencheu e escreve de forma sóbria sobre o que, no mais comum dos mortais, pode levar à depressão e à eterna amargura com o amor."(Bolas!!Ganda opinião!!)
Se eu publicar os meus rascunhos de romance, para além de vir a gastar imenso dinheiro em impressões para enviar a editoras, sujeito-me à grande vergonha de ter o meu manuscrito à venda numa prateleira de alfarrabista ou de loja de venda de livros em segunda mão.
Mas fico contente com os meus blogs e basta. Quem os lê quase só diz bem afinal That's what friends are for!!! Bloguemos no mundo Joana, Bloguemos no mundo!
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